08/11/2018 - Placas de energia solar são utilizadas em pontos de parada de ônibus metropolitanos
Como parte de sua política de sustentabilidade e meio
ambiente, a EMTU/SP instalou e está utilizando desde o início de outubro placas
de captação de energia solar em pontos de parada de ônibus do Corredor Biléo
Soares, na região metropolitana de Campinas.
Ao todo, 14 paradas já receberam as placas de captação, de um
total de 20 pontos que estarão concluídos até o final do ano nos municípios de
Americana e Santa Bárbara D’Oeste.
As placas de captação de energia solar são conectadas com a
rede de energia da CPFL, gerando para o Estado um crédito em energia que pode
ser utilizado nas próprias paradas e também em outros equipamentos
metropolitanos. Pioneira na implantação dessa tecnologia no sistema de ônibus
no Estado de São Paulo, a EMTU/SP pretende estender a novidade a outros
empreendimentos sob sua responsabilidade.
Com custo estimado de R$ 6,7 mil por ponto de parada, o
investimento tem expectativa de ser recuperado em até três anos e um mês (pay
back). Produzidas pela empresa WEG, as placas utilizaram tecnologia
nacional e estrangeira, já que a Sede da Weg é no Brasil e alguns de seus
produtos são fabricados na China.
A superintendente de Engenharia da EMTU/SP, Maria Tereza
Fernandes de Campos, destaca que, para os usuários, a segurança noturna é um
dos pontos fortes, já que o sistema é de alta confiabilidade. E completa:
“Temos que explorar mais a energia gerada pelo sol abundante no Brasil. A
questão da sustentabilidade é preocupante e o pioneirismo da EMTU/SP é uma
contribuição importante à sociedade”.
Como funciona o sistema
Os estudos para a implantação dessa nova tecnologia começaram
há três anos e os primeiros testes ocorreram no primeiro semestre de 2018. O
engenheiro elétrico da EMTU/SP, Carlos Alberto Pinto Coelho, explica que o
sistema é semelhante ao utilizado em residências.
As placas captam e transformam a energia solar em
eletricidade. Após a conversão em energia elétrica, é injetada na rede da CPFL.
As medições de geração são feitas e acompanhadas diariamente. A CPFL, por sua
vez reenvia essa energia de volta à EMTU/SP e todos os créditos excedentes
podem ser utilizados tanto nas paradas de ônibus como em outros equipamentos da
empresa. “Hoje produzimos mais energia do que utilizamos, e isso de forma
gratuita”, relatou.
Para o diretor-presidente da EMTU/SP, Theodoro de Almeida
Pupo Junior, o meio ambiente exige atenção e inovações que possam minimizar o
risco da matriz energética. “As previsões sobre a energia e a incidência de
chuvas são preocupantes. O Estado está fazendo seu papel ao inovar e trazer
soluções de sustentabilidade”. Segundo ele, este é um dos primeiros projetos a
receber a inovação e muitos outros também utilizarão energia solar futuramente.
Atualizado em: 08/11/2018 11:12:58