O que é IQT
A partir de sua experiência com as atividades de monitoramento e avaliação dos sistemas intermunicipais de transporte público e da constatação dos obstáculos por eles enfrentados, a EMTU/SP passou a trabalhar no desenvolvimento de um método que pudesse avaliar, de maneira sistemática, os serviços prestados à população.
As dimensões e a complexidade dos sistemas gerenciados pela EMTU/SP, que dificultam a aferição de seu desempenho e de seus componentes, levaram a empresa a optar pelo emprego de indicadores de desempenho. Essa técnica vem tendo destaque entre as dedicadas à gestão de negócios e empreendimentos. É neste cenário que a EMTU/SP desenvolveu e adotou o Índice de Qualidade do Transporte (IQT).
Em 1989, teve início a avaliação da frota de ônibus e, em 1996 foi criado o IQT com os indicadores parciais de operação, frota e usuário. Em 2001, começou a pesquisa de avaliação de serviço pela equipe da EMTU/SP, sendo o método consolidado em 2003, quando foi aplicado o piloto do IQT na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Em março de 2005 a EMTU/SP apresentou a metodologia e os resultados do primeiro Ciclo – 2004 do IQT do sistema de ônibus intermunicipal da RMSP.
Transporte de qualidade
A partir de 2006, o IQT foi ampliado para as Regiões Metropolitanas de Campinas e da Baixada Santista. No ano seguinte, foi dado um importante passo ao se inserir o IQT no contrato das concessões de sistemas gerenciados pela EMTU/SP. Com a medida, as concessionárias devem alcançar um padrão mínimo no IQT para garantir a qualidade do serviço prestado.
Os novos índices formulados tomaram por base uma série de procedimentos que a empresa desenvolveu e deles se utiliza em suas atividades de fiscalização. Tratou-se de aperfeiçoá-los e complementá-los com a agregação de novos indicadores dedicados a aspectos antes não contemplados pela fiscalização.
O resultado foi o estabelecimento de um indicador final, o IQT, composto por quatro índices parciais, contemplando os seguintes aspectos da prestação dos serviços: frota, operação, satisfação do cliente e desempenho econômico-financeiro.
Desde a fase de elaboração do Programa IQT, a EMTU/SP preocupou-se em torná-lo um produto que resultasse da participação dos agentes do transporte público. A definição dos pesos dos índices parciais que compõem o índice contou com a colaboração dos gerentes das áreas de manutenção das operadoras e técnicos da EMTU/SP, além de representantes das empresas de ônibus da Região Metropolitana de São Paulo, do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de São Paulo (SETPESP) e de técnicos da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM).